HARRY POTTER Tudo começou em 2000, eu acho. Insistia em não ler - síndrome de underground precoce (?) - Harry Potter. Sedi à tentação, li, e tudo começou. Agora terminou. São 06:44 e às 20:00 de hoje começa a venda dos livros sétimos, o último-final e terminante. Sabe? Livrinho mal escrito, provavelmente que vai ter um final decepcionante... Mas não deixa de ser triste. Afinal, eu gastei - e não, não mal gastos - tempos discutindo, lendo, re-lendo todos os livros: me divertem. E, agora, parece que a data em que vem esse livro significa o encerramento da infância. Como-se um divisor de águas, "
this is the end, my only friend, the end"...
Agora, como não podia de deixar de ser, crítica do
FILME. Harry Potter e a a Ordem da Fênix, sem sobra da dúvida o melhor filme dos lançados - ainda que o pior livro. Mas o que me estranha, é. Eles simplesmente resolvem chamar de "filme" uma seqüência cinematógrafica meramente ilustrativa. Porque é isso que é. Não tem sentido completo, não se auto-finaliza, não é um filme.
Pra mim, a cada filme que vem, fica mais claro que os filmes são nada mais que uma versão enxuta, e meramente ilustrativa dos livros. Sim, porque fico imaginando como é que "os-que-não-leram-o-livro" se sentem vendo-os. Um roteiro péssimo, corrido, cada diálogo se resume a duas frases de cada personagem. Como pode um filme assim? Fica incoerente, porque é dependente dos livros.
Começa agora a contagem regressiva. Desejem sorte ao Peter Pan daqui.
