são paulo para os paulistas
SEPARATISTAS Excluamos primeiro os nordestinos e os bahianos. Fim desse incômodo que é o sotaque cantado. Aliás, aproveitemos logo, e vamos dar cabo de todo o resto do Brasil, porque não sou brasileiro, sou paulista. Vamos acabar com a feijoada - que não é paulista, com o samba - que não é paulista, com a Constituição e o museu do Ipiranga. Não vamos mais publicar Machado de Assis, Graciliano Ramos nem Manuel Bandeira; agora tudo é paulista.
Vamos tirar de cena também os europeus. Arranquemos as pedras francesas da avenida Paulista. Destruir todos os prédios cuja arquitetura não seja exclusivamente paulista. Detonem o Copan, o Ibirapuera e todas as excentricidades do carioca comunista. Implodam o Teatro Municipal, a Casa das Rosas... A Estação da Luz... Tudo arquitetura francesa, que nada tem a ver com nós, verdadeiros paulistas.
Exterminem todas as grandiosidades do café, porque o café é árabe - e não paulista - e não queremos terrorismos entre nossos monumentos. Exílio a todos os italianos, japoneses, libaneses, coreanos, alemães, poloneses, sírios... E junto com eles suas lasanhas, sushis e kibes!, aqui só se vive à paulista.
Não mandamos embora os índios porque esses não sobraram, fizeram questão de os massacrar antes de nós. Mas não tem problema...
Tudo o que sobra são as botas do Borba Gato na av. Santo Amaro.
Vamos tirar de cena também os europeus. Arranquemos as pedras francesas da avenida Paulista. Destruir todos os prédios cuja arquitetura não seja exclusivamente paulista. Detonem o Copan, o Ibirapuera e todas as excentricidades do carioca comunista. Implodam o Teatro Municipal, a Casa das Rosas... A Estação da Luz... Tudo arquitetura francesa, que nada tem a ver com nós, verdadeiros paulistas.
Exterminem todas as grandiosidades do café, porque o café é árabe - e não paulista - e não queremos terrorismos entre nossos monumentos. Exílio a todos os italianos, japoneses, libaneses, coreanos, alemães, poloneses, sírios... E junto com eles suas lasanhas, sushis e kibes!, aqui só se vive à paulista.
Não mandamos embora os índios porque esses não sobraram, fizeram questão de os massacrar antes de nós. Mas não tem problema...
Tudo o que sobra são as botas do Borba Gato na av. Santo Amaro.