cocoricó versão controversa
A FAZENDA Se "entretenimento" é a palavra que melhor define a função de um reality show, "qualidade" não é a melhor para definir A Fazenda, novo programa da Record. Para aqueles que estão acostumados a esse tipo de mídia, a emissora tem cometido alguns erros crassos, seja pela sua falta de experiência com o formato de programa, seja pela insistência que a Record tem em querer angariar Ibope a qualquer custo.
As falhas começam de dentro do próprio programa. As regras do jogo não estão claras para o expectador e podem mudar de semana para semana. Exemplifico: se em uma semana o Fazendeiro é escolhido pelo participante eliminado, na semana seguinte pode ser escolhido pela audiência, e saberá como se fará a da semana posterior. Além disso, a edição do programa é muito mal feita. Os microfones ficam todos abertos ao mesmo tempo e não se pode entender palavra do que os participantes estão discutindo, quiçá a matéria da discussão. Quando abrem-se as câmeras em algum horário inusitado (durante algum outro programa da emissora, ou durante as janelas na grade), a seleção do que passar ao vivo é igualmente mal pensada. Mostra-se qualquer coisa. Já me peguei assistindo aos participantes dormindo ou olhando para o teto durante muitos minutos.
Outro problema sério é a apresentação do Britto Júnior. A impressão que nos fica é a de que ele tenta se enturmar e fazer amizade com os participantes ao invés de manter uma postura neutra e distanciada, própria de um apresentador de competição. Seus comentários costumam ser tendenciosos, constrangedores e muitas vezes tentam inapropriadamente forçar e inventar situações, que vão trazer polêmica e audiência ao programa, e, portanto, chamar atenção do grande público. Britto parece ser mais um narrador do que um mediador do programa. O formato do reality show se baseia na visão que o expectador tem da competição, não na narração fantasiosa e crítica que o mediador tem dela.
Ainda assim, externamente ao programa, A Fazenda ainda tem outros problemas. A superexposição dos participantes eliminados e a falta de assunto que os circunda durante os outros programas da grade da Record. O participante eliminado vai até o Hoje Em Dia, em que apenas os apresentadores falam, enquanto o entrevistado fica prostrado na frente da câmera com cara de tacho e depois vai ao Geraldo Brasil, onde sua única função é ficar negociando envelopetas valendo dinheiro.
Uma coisa é certa: as falhas estruturais perdoam-se. É a primeira vez que a Record lança um produto como esse e é natural e compreensível que essas falhas ocorram. O que é necessário que se mude urgentemente é a parte do entretenimento que é muito falha. Se os diretores de programação da Record colherem os bons frutos da horta dA Fazenda, é provável que os maus a façam ter que plantar tudo novamente em outros moldes.
As falhas começam de dentro do próprio programa. As regras do jogo não estão claras para o expectador e podem mudar de semana para semana. Exemplifico: se em uma semana o Fazendeiro é escolhido pelo participante eliminado, na semana seguinte pode ser escolhido pela audiência, e saberá como se fará a da semana posterior. Além disso, a edição do programa é muito mal feita. Os microfones ficam todos abertos ao mesmo tempo e não se pode entender palavra do que os participantes estão discutindo, quiçá a matéria da discussão. Quando abrem-se as câmeras em algum horário inusitado (durante algum outro programa da emissora, ou durante as janelas na grade), a seleção do que passar ao vivo é igualmente mal pensada. Mostra-se qualquer coisa. Já me peguei assistindo aos participantes dormindo ou olhando para o teto durante muitos minutos.
Outro problema sério é a apresentação do Britto Júnior. A impressão que nos fica é a de que ele tenta se enturmar e fazer amizade com os participantes ao invés de manter uma postura neutra e distanciada, própria de um apresentador de competição. Seus comentários costumam ser tendenciosos, constrangedores e muitas vezes tentam inapropriadamente forçar e inventar situações, que vão trazer polêmica e audiência ao programa, e, portanto, chamar atenção do grande público. Britto parece ser mais um narrador do que um mediador do programa. O formato do reality show se baseia na visão que o expectador tem da competição, não na narração fantasiosa e crítica que o mediador tem dela.
Ainda assim, externamente ao programa, A Fazenda ainda tem outros problemas. A superexposição dos participantes eliminados e a falta de assunto que os circunda durante os outros programas da grade da Record. O participante eliminado vai até o Hoje Em Dia, em que apenas os apresentadores falam, enquanto o entrevistado fica prostrado na frente da câmera com cara de tacho e depois vai ao Geraldo Brasil, onde sua única função é ficar negociando envelopetas valendo dinheiro.
Uma coisa é certa: as falhas estruturais perdoam-se. É a primeira vez que a Record lança um produto como esse e é natural e compreensível que essas falhas ocorram. O que é necessário que se mude urgentemente é a parte do entretenimento que é muito falha. Se os diretores de programação da Record colherem os bons frutos da horta dA Fazenda, é provável que os maus a façam ter que plantar tudo novamente em outros moldes.
Marcadores: contemporaneidades, crítica, TV
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