quarta-feira, setembro 26, 2007

cidade sem horizonte

SÃO PAULO Efiência. Disso você só se apercebe quando sai de São Paulo, a cidade mais eficiente do Brasil. Onde as coisas - pro bem ou pro mal - acontecem. E tão diversa, tão densa, tão paradoxal, cada um tem a sua São Paulo. Pràlguns, a Paulicéia Desvairada, pra outros, a Rita Lee - mais completa tradução? - e pra esses, céu, pra aqueles, inferno. São Paulo da garoa - onde? -, de Piratininga... Cada um tem o seu ponto de vista pra essa cidade, cujo melhor adjetivo que se lhe pode agregar é eficiente.

São Paulo não tem horizonte - eu disse sem rumo? Sobe aquela ladeira lá, sobe. Sobe até o fim. E vai se deparar com um paredão de prédios, ou um amontoado de árvores: o que quer que seja. Não vai ver o horizonte.

Se você mora em São Paulo, tenta fazer diferente. Se ver de fora da cidade, sair da massa. Veja-la inteira. Não, não digo subir no Banespa, ou no Pico do Jaraguá e ficar vendo a cidade. Não é isso, não. Distancie-se. Fique alguns instantes vendo a cidade pelo ângulo de dentro, de fora. Mas não muito!, senão vai se perder...

A eficiência não é pra qualquer um. É pra quem aguenta viver errante, sem resposta, sem horizonte. Um preço caro por uma cidade nem tão bonita. Nada, ou pouco de maravilhosa. Mas interessantíssima e única e igual a todas as outras.

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