tom e gran finale
PARAÍSO TROPICAL Foi em tom de Nelson Rodrigues que se descobriu quem matou Taís. Câmera aberta, todos os personagens ao mesmo tempo em cena. Antenor segurando o filho recém descoberto - morto - choramingando, troca de tiros entre irmão, som surdo. A razão toda pela morte da Taís foi banal. Não mataram a Taís. Mataram a informação que ela sabia. Em compensação todas as outras tentativas de morte tinham um embasamento bom.
Olavo era um incompetente. Não conseguiu matar Antenor, Marion, e não adiantou muito fazê-lo com o Ivan. A trama final em si era boa. Sim, o lance dos irmãos, filhos perdidos do Antenor (que pra quem começou a novela com um filho morto, saiu com um saldo de 4), etc, etc... Mas o que pega - e é aí que o problema começa - é que era fácil deduzir quem matou a Taís, os suspeitos eram vários (Heloísa, Paula, Antenor, Olavo, Bebel...). Agora o que é difícil é saber o motivo. E sem saber o motivo, o assassino pode ser qualquer um.
O fato é, motivo inventa-se 30 minutos antes da novela ir ao ar. Particularmente não creio que isso tenha acontecido com o Gilberto Braga. Mas ele também não deu pistas de nada. Deixou tudo para o grande final, sem a menor possibilidade de dedução do espectador. Ninguém tinha como descubrir, não dava margem. E assim perde a graça do mistério. Naturalmente não precisava ficar explícito. Mas podia ficar ligeiramente indicado.
Assim fica fácil. Se você quiser que a Bebel seja irmã da Marion, é possível. Ah, mas se o Belizário foi na verdade o pai do Olavo, também a coisa muda. É simples fazer a secretária ser irmã da chefona, nada de matar por dinheiro.
Mas valeu a novela. Valeu pelo decorrer, que durou bastante tempo e foi muito bem feito. Mas, realmente, o difícil é fazer bolo que fique bom nas bordas. Gilberto Braga errou. No começo, e no final.
Olavo era um incompetente. Não conseguiu matar Antenor, Marion, e não adiantou muito fazê-lo com o Ivan. A trama final em si era boa. Sim, o lance dos irmãos, filhos perdidos do Antenor (que pra quem começou a novela com um filho morto, saiu com um saldo de 4), etc, etc... Mas o que pega - e é aí que o problema começa - é que era fácil deduzir quem matou a Taís, os suspeitos eram vários (Heloísa, Paula, Antenor, Olavo, Bebel...). Agora o que é difícil é saber o motivo. E sem saber o motivo, o assassino pode ser qualquer um.
O fato é, motivo inventa-se 30 minutos antes da novela ir ao ar. Particularmente não creio que isso tenha acontecido com o Gilberto Braga. Mas ele também não deu pistas de nada. Deixou tudo para o grande final, sem a menor possibilidade de dedução do espectador. Ninguém tinha como descubrir, não dava margem. E assim perde a graça do mistério. Naturalmente não precisava ficar explícito. Mas podia ficar ligeiramente indicado.
Assim fica fácil. Se você quiser que a Bebel seja irmã da Marion, é possível. Ah, mas se o Belizário foi na verdade o pai do Olavo, também a coisa muda. É simples fazer a secretária ser irmã da chefona, nada de matar por dinheiro.
Mas valeu a novela. Valeu pelo decorrer, que durou bastante tempo e foi muito bem feito. Mas, realmente, o difícil é fazer bolo que fique bom nas bordas. Gilberto Braga errou. No começo, e no final.
Marcadores: crítica
2 Comments:
ahn, o quê...? novela? é de comer?
A frase do bolo foi foda.
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